A indústria alimentar e de bebidas é um dos sectores mais sólidos da economia, com um grande crescimento no panorama atual, sobretudo com o desenvolvimento dos mercados emergentes e devido à globalização.

No entanto, os hábitos de consumo mudaram. Embora a procura seja elevada, a população é mais exigente quando se trata de adquirir um produto. O consumidor atual realiza compras mais racionais, num contexto em que a diferenciação é cada vez menor no mundo das marcas.

Por estes motivos, a fidelização dos consumidores converte-se num requisito fundamental para estabelecer uma relação duradoura, porque já não se procura exclusivamente uma boa relação qualidade-preço, mas também entram em jogo novos factores, como a responsabilidade das empresas para com a sociedade e com o meio ambiente.

Neste sentido, o consumidor está cada vez mais informado e exige conhecer melhor os detalhes relacionados com os processos de cultivo dos alimentos, o seu tratamento, quem foi afetado pelo processo e, em geral, conhecer a responsabilidade com que a indústria levou a cabo todo o processo produtivo ao longo da cadeia de valor.

Os clientes exigem também conhecer a marca corporativa que está por trás dos produtos que consomem. Quanto melhor for a reputação da marca, maior será o aumento das suas vendas e mais significativo será o valor de mercado dos seus produtos.

Por isso, se as empresas do sector da alimentação pretendem conseguir um bom posicionamento, aumentar a sua quota de mercado ou garantir resultados sustentados, devem operar com base na transparência, na correta gestão da sua reputação e no fortalecimento dos laços de longa duração com os seus diferentes grupos de interesse.

O modelo de negócio será afetado se as empresas não adquirirem uma posição de preocupação social perante a nutrição, e, de um modo geral, facilitarem o bem-estar da sociedade no seu conjunto.